Sala de Estar - Lareira

Sabia que você conseguiria, Delicia! Por isso que se jogava daquele jeito, certa de que a agarraria. E os beijinhos compartilhados enquanto ela tentava perguntar se ele já tinha visto Alli, se Gio já estava em casa... mas não conseguia terminar uma única frase, bom, até pelo menos ser seduzida pelo pedaço de pizza e deixar a confissão sobre a fome. Ela sempre estava com fome, agora.

E ria gostoso quando ele falava daquele jeito sobre os bebês, os olhos verdes revirando numa careta quando ele dizia os nomes. Estavam melhorando desde a primeira sugestão, mas ainda eram horríveis. Ela meneou o rosto.

- Daqui uns dias, vai ser o ultrassom do sexo... e eu vou ficar muito feliz em dar fim nessa sua lista de nomes horrorosos... - Comentava.

E ele já queria ir para a cozinha? Normalmente, Mellanie o impediria. Estava tarde e podiam aproveitar melhor o tempo quentinhos no quarto. Mas como disse antes, ela SEMPRE estava com fome, agora, então fez aquela expressão travessa de quem sabia que estava pedindo demais e não redava pé.

- Um dos motivos por eu te amar tanto é que... você cozinha muito melhor que eu. Obrigada, Delícia... - Brincava com ele entre os beijinhos, deixando ele tirar seus sapatos.

O celular ficava esquecido no sofá porque àquela hora não importava mais e ela ia para o chão, para irem para a cozinha, enquanto perguntava sobre o dia. Sabia que tinha sido cheio... e sabia os motivos para tal. Mas não conseguia disfarçar o apertar dos lábios quando ele mencionava o repasse das responsabilidades das empresas que gostava tanto... e da famigerada viagem.

Não disse nada até entrarem na cozinha, ele ainda andando de costas. O ânimo de falar dos próprios problemas sumindo quando se lembrava do tamanho dos dele. Mordiscou o lábio inferior, e a mão que ia à nuca por um segundo.

- Foi cheio também... - Começava - todas as reuniões internas do mundo, e-mails, ligações... clientes desesperados com minha licença que sequer vai acontecer em menos de cinco meses... - Ia enumerando com aquela cara de 'as pessoas são meio malucas, né?' - ...e uma reunião meio estranha... um cliente que quer meus serviços para sua empresa, mas não quer se mostrar. Conhece alguém chamado Carlos Basso? - Perguntava antes que pudesse se conter.

Claro que não ia mencionar ameaças ou o tom sombrio. Mas o cara era visivelmente italiano... e aquele jeitão só não era mais mafioso por falta de um chapéu Fedora. Se pudesse ter mais informações do seu interlocutor... bom, talvez a impressão ruim de última hora passasse.

Vittorio havia passado a primeira semana no hospital. Giovanni havia conseguido se afastar da cidade para estes primeiros dias. Giuseppe aconselha Mellanie que era sim a melhor saída, até mesmo para se evitar alguma retaliação russa. Os assuntos de mafia foram evitados durante a recuperação de Vittorio, mas Don Vincenzo já havia avisado de que queria os responsáveis pelo sequestro de seu filho mais velho, debaixo de sete palmos de chão. As reuniões entre Albert e Vicenzzo ocorreram durante aquela semana, afinal, foi o conselheiro quem mexeu os pauzinhos libertando terroristas para conseguir a liberdade de Vittorio.Colocava em risco sua carga política, e claro que Elliot se valia desta informação. Afinal não era um Skull a troco de nada. Com a informação vazada por Keith, ele se valia da posição política para conseguir vincular seu nome a libertação dos refens americanos e com isso conseguir mais fundos e votos para sua campanha para Governador. Era nisso que vinha se focando e ainda aparecia na midia como o Politico Justiceiro. Jovem promissor, noivo da médica do povo Alissa, altruista que deixava de lado seu passado turbulento e amoroso para ajudar a ex-mulher. Vote em Elliot para Presidente.

A segurança no quarto de Vittorio fora mantida dia e noite e obviamente Stan proibiu Mellanie de dormir no hospital, devido a falta de conforto para o estado de gravidez dela. E pouco a pouco o quadro do Italiano ia melhorando. Sua família ainda estava nos EUA, e Ingrid não resistia ao fato de estar proximo aos Bright para conversar com o pai de Bryan. essa era uma das razões pelas quais ela sempre evitava voltar aos EUA. Era como um maldito Imã que a atraia para aquele homem. Alli conseguia ser levada para ver o pai algumas vezes, mas a pedido de Vittorio as visitas foram restringidas. Não queria que a filha o visse tão estrupiado, e nem mesmo queria expor a garotinha a vida de um hospital. Stan continuava cuidando da gravidez de Mell e acompanhando de perto a maratona.

Ryan cuidava bem da empresa. mas com a ausencia de Mellanie, sua permanencia em NY era solicitada, reduzindo as viagens para San Francisco onde Amber se apresentava e com a distancia o ciume parecia permear um pouco mais o dia a dia do casal. Amber estrelaria o mais novo musical Ata-me, dirigido por Penelope Rincon, que trazia a estrela do momento, o bailarino espanhol Enrico Garcez. Enrico havia visto os videos das apresentações de Amber e ficado fascinado com a garota. Ryan não parecia gostar nada disto. Alem do que, as ideias de seu pai para seu futuro não incluiam uma primeira dama dançarina, e o velho Scott parecia estar disposto a fazer o filho enxergar as coisas como deveriam ser.

Matthew ainda estava nos EUA. Estar perto de Mellanie ainda era um pequeno tormento mas ele decidia que não mais fugiria, e sim enfrentaria. Alem do que ficara dificil pegar o primeiro voo quando Sophie retornava da lua de mel antecipadamente e fazia questão de reviver momentos da adolescencia, apresentando a beccky algumas saidas divertidas, ainda que sem Mellanie por perto. mas não era exatamente Matthew que se tornava conhecido de uma parente de Rebecca? Phill via nesta proximidade uma forma de ajudar o amigo, e planejava com Rebecca um jeito de mante-los juntos, sem que eles soubessem, afinal para Phill eles tinham tudo a ver, eram dois loucos com sindrome de São Francisco. Simples assim.

Josh havia recebido alta e se dar conta de como o mundo havia caminhado enquanto ainda estava de coma era doloroso. Recebera honrarias e medalhas e o aviso de que o quadro corporativo do Exercito o enquadraria novamnete tão logo ele estivesse bem, ou se preferisse lhe daria a dispensa com honras de heroi. Ele preferia permanecer. Saber que Liz estava casada e era mãe de um filho do pai de Mellanie era demais para sua cabeça. Passou ainda alguns dias a vigiando de longe. Vendo-a em eventos e jantares com o Conselheiro, e decidia sair dos EUA. Antes porem, enviava para ela a medalha de honra ao merito recebido das forças armadas americanas. Viajava para a Russia. Era lá que recomeçaria sua vida, sem atrapalhar Liz e sua nova familia. E não, ele nao se despediu.

Becky recebia aquela semana uma intimação judicial sobre o assassinato de Henry, seu ex-marido. O irmão dele havia entrado com um processo contra a ex-cunhada e as investigações policiais recomeçavam. Investigações a respeito da vida de Rebecca e Sophie eram feitas e não foi dificil a policia chegar ao relacionamento entre as duas. A suspeita do delegado de policia agora era de que o crime havia sido passional. Rebecca e Sophie assassinaram Henry para poder ficare4m juntas ja que o homem nao queria dar o divorcio. Carter, o advogado do irmão de Henry fazia questão de exibir as duas como lascivas e promiscuas, sem escrupulos ou pudor e a vida anterior de Sophie ajudava a incrementar as informaçoes exibidas. Mellani e Vittorio tambem eram indiciados.

O carro que trazia Vitto e mellanie enfim chegava em casa. Ele descia olhando o lugar e por deus nunca foi tão bom retornar para casa naquele bairro sossegado de Kirby Pond/Rye. Sorria abraçando Mellanie assim que ela descia do carro.
- eu achei que nunca mais ia ver isto aqui de novo.. - Dizia, ainda precisando da ajuda de muletas para entrar em casa. Giuseppe cuidava de levar a mala de vittorio para dentro. A casa estava arrumada e o cheiro da comida italiana de Tia gema tomava toda a casa. Os pais de vittorio ainda estavam nos EUA mas não ficaram na casa dele. Ingrid se incubiu de comprar uma residencia para a familia tambem em Kirby Pond/Rye para dar aos noivos um pouco de privacidade e era exatamente lá que Alli estava,

-Hmm. esse cheiro. - Ele dizia sorrindo enquanto entravam em casa.. só perdia pro seu cheiro Mell, e era isso que ele buscava te abraçando com a ajuda da Muleta.. a boca buscava a sua. Ainda doia beijar mas cada dia doia menos, certo, e ele precisava muito sentir seu gosto ali dentro daquela casa. Tinha tantas providencias a tomar ainda, mas queria que ao menos awquele primeiro dia, ele pudesse ter uma vida normal, com coisas normais pra fazer.

- Assim que organizar a vida novamente, nos vamos tirar ferias.. - ele dizia deixando o corpo pesar sobre o sofá. Doer doia mas dava o alivio em seguida. - Vamos pra Bora bora.. pro Caribe, pra Polinesia Francesa.. qualquer lugar com muita agua, verde, sol, ondas, peixe frito.. e que a gente possa andar nus pela praia, no melhor estilo lagoa azul.. - e ja te olhava com aquela carinha de Sheep Dog pidão Mell. - Diz que sim, delicia.

Mellanie não queria realmente que Giovanni passasse a semana fora... primeiro porque tinha medo dele ser apanhado novamente, mas dessa parte confiava na estratégia de segurança de Giuseppe. Segundo porque... a família toda estava ali! Mas não tinha opção... e o máximo que podia fazer naqueles dias era tentar agir naturalmente.

...Por menos natural que fosse uma mulher grávida de trigêmeos lidar com a máfia russa enquanto procura pelo marido sequestrado ao mesmo tempo que cuida da filha pequena e administra uma empresa. Mas... lá estava ela. E do jeito que gostava!

Claro que sentia falta de estar 100% na empresa. Mas com a graviez meio complicada e ainda mais com tudo o que tinha acontecido na última semana, as coisas estavam mais com Ryan do que nunca. E que sorte poder confiar nele, uhm? Mas não deixava de fazer uma ronda pessoal no telefone com os clientes mais importantes pelo menos duas vezes na semana.

E Amber? Fala sério, ela estava realizando um sonho. Fazia de tudo para não perder tempo brigando com o Topetinho e é claro que sentia falta dele, das loucuras que faziam para estarem perto um do outro sempre que dava... mas o que ela podia fazer, hein? Estavam correndo atrás de suas carreiras... ele da dele, ela da dela... e estava radiante, Ryan. Aparentemente em seu auge. E tão animada...! Não ia ter coragem de acabar com a graça dela por causa de ciúme bobo. Ia?

Falando em ciúme bobo... a vida conjugal de Liz estava aos pedaços. E ela estava chegando ao ponto de não se importar muito em esconder do marido a preocupação de Josh ter ido se enfiar na Rússia após ter acordado do coma. Sem dar a ela a chance de se explicar! Não que ela merece, mas...! MESMO ASSIM! Não tinha um bom relacionamento com a família do militar, mas ele tinha amigos... e ela podia muito bem apelar para eles. Teria uma esposa bastante ocupada tentando descobrir como contatar Joshua, Conselheiro!

E a vida ia voltando a sua rotina, e junto com ela os problemas comuns... porque já não tinham probemas o suficiente quando alguma coisa "excêntrica" acontecia. E chegavam em casa junto com a intimação. ótimo... aquele lance do casamento. Sophie e Rebecca deveriam ter recebido também, e assim que acomodasse Vitto, ia telefonar para elas. Se é que não estavam com Matt, o que fazia Mellanie e seus hormônios de triplamente grávida sentir um pouquinho de ciúme, pois é!

Guardou a intimação na bolsa enquanto entrava, supervisionando a entrada de Vitto. Aquilo ia ficar para depois. Alli estava em casa e tia Gema devia ter levado a melhor na briga pela cozinha com sua mãe. Tudo bem... mereciam uma noite de paz antes de... bem, ela coloca-lo a par de tudo. Porque odiaria que outra pessoa contasse para ele tudo o que ela havia feito na ausência dele. Suspirou pesado, mas o sorriso de covinhas surgiu na sequencia, quando ele buscava seus lábios antes de se jogar daquele jeito folgadão sobre o sofá.

- Hey... cuidado! - Ela murmurava, pegando as muletas dele e apoiando ali do lado, do jeito que ele pudesse pegar fácil quando ele quisesse.

O cheiro bom de comida preenchia suas narinas e agitava os bebês, mas ela sentou ao lado dele, meneando o rosto quando ele fazia a sugestão.

- E desde quando pais tiram férias? Vai levar um tempinho pra você poder dormir pelado de novo, Delícia... - Ela acrescentava, falando baixinho no ouvido dele.

E pode apostarque era a melhor solução, manter Giovanni afastado por uns dias Mell, afinal, voce precisava se organizar novamente, sua vida pessoal e profissional, e tinha parentes italianos para dar suporte alem de um italiano folgado.
E era obvio que o conselheiro não achava nada engraçado essa hitoria de Lizzie andar em contato com antigos amigos. Até porque a conversa "josh e coma" não eram bem vindos naquela casa, e as discussõs acabavam acontecendo junto com ameaças do Conselheiro de afastar junior de uma vez, manda-lo para Londres.
Phill e Beckkie estavam sim, curtindo a noite Nova Yorkina, para distrair dos pensamentos que tomavam a cabeça sobre a tal intimação. A palavra de ordem era contactar a empresa de Mellanie no dia seguinte e ver com Ryan o que deveriam fazer...
E Vitto sentia o incomodo pelo deixar o corpo cair. Arrependia-se no momento seguinte pelo descuido, mas arrumava-se enquanto a via caminahr ate ele arrumando a muleta.
- Eu já estou quase bom, delicia.. nao precisa se preocupar.. - Ele dizia deixando os olhos acinzentados seguirem na direção de onde ela estava. - Vem aqui vem.. eu mereço mimos e cafunés, e beijos e abraços.. - estava mais dengoso do que de costume Mell, mas releve, ele estava convalescente..- Me conta.. como foram esses dias que estive ausente? - Perguntava.
O cheiro da comida permeava todo o lugar e ele deixou-se respirar mais forte. Estava com fome e cansado daquela comidinha sem graça do hospital. e ela queria acabar com a alegria dele de dormir pelado?! Que triste.
- Ow.. eu posso fazer nossa praia de nudismo aqui mesmo. - Dizia deixando o rosto virar para o dela, a boca que buscava a dela para o beijo com mais vontade. - Alias a gente podia começar agora.. a ficar pelados.. hm?! Que acha.. - murmurava ao ouvido da gravidinha, ele nunca teve muita noção mesmo Mel!

- Como se você tivesse que pedir... - ela respondia.

Naquela semana estavam andando a quatro pés, Vitto Delícia. Onde você ia, ela ia atrás. Porque não estava preparada para deixa-lo ir sozinho ao banheiro que fosse. Não tão cedo. Não depois de achar que tinha te perdido.

Por isso já estava ali sentada ao lado dele, o braço em torno do pescoço, sem fazer de apoio, sem colocar muito peso, toda cuidados, toda carinhos... toda cheirinhos, beijinhos suaves, porque era melhor não abusar da proximidade, né? Eram fogo e gasolina, só que não estavam podendo se misturar.

Mas qual melhor balde de gelo do que a pergunta que ele fazia? Como tinham sido aqueles dias? Bom... você nem ia acreditar. Os olhos verdes estavam ali, sobre os dele... mas o sorriso de covinhas sumia.

- Foram horríveis, amor... desde o momento que você saiu pela porta... mesmo falando com você toda noite. Eu... eu não gostei dessa viagem desde o começo... - Ela começava. Mas desviava o olhar, com um suspiro. Não iam voltar a falar daquilo.

E ele ajudava a quebrar o gelo com aquela gracinha, fazendo-a voltar a olhar para ele, o sorriso amarelo. Lembrar de tudo acabava com seu humor. Mas ele sabia direitinho como dar a volta dela, quando a beijava daquele jeito todo dele, mesmo que estivesse todo torto.

- ...para de graça... - Ela dizia, tentando não rir. Coração mole - e... não... me... tenta! ...Stanley falou pra você que temos que er... pegar leve.

Ahh e ele gostava Mel, de fato gostava de ser mimado e cuidado por você. Sentira tanta falta disso que até se vc quisesse colocar bobs nos cabelos dele, ele acharia uma gracinha.. E não achava de todo ruim ter vc a acompanha-lo em qualquer canto que fosse. Ainda que vez ou outra fizesse o genero ogro machão e dissesse que nao era criança ,que podia ir fazer algumas das coisas sozinho ou que ja podia dirigir e trabalhar.. mesmo sabendo que vc negaria veementemente essa tentativa do italiano.

E perguntar sobre como tinham sido as coisas na ausencia dele só apertavam o coração de Vitto Mell, quando tinha em seus olhos a resposta. Não fora bom.. mas nao era so a ausencia, era? nao era so o sequestro dele..
- Aconteceu algo quando eu estive fora? Elliot.. ele tentou algo? - Claro que a primeira preocupação dele era daquele pulha ter tentado algo contra voce ou os bebes.. - ee a mão ja tomava seu rosto para trazer as esmeraldas que voce tinha na face de volta pra ele. Queria a verdade.
Embora tentasse amenizar o aperto do seu coração com uma brincadeirinha ou outra.. ou mesmo quase cedendo os apelos do corpo pelo seu.. nao resistiu ao beijo que se tornava mais denso quando sorvia da sua boca.. quandofechava os olhos e tinha seu cheiro tão ertinho.. Sorria pela sua tentativa de acalma-lo com conselhos de stan, então prosseguia com os beijinhos que escorriam dos labios para o pescoço.. deslizando o nariz e a barba por ele até o lobulo.
- Stan nao come ninguem.. e quer transmitir o atraso dele para toda a humanidade.. - ele brincava.. - a ideia de ficar pelado ta de pé.. - brincava.. deixando o rosto roçar o seu ate que os olhso dele pudessem voltar a encara-la Mell.
- Agora me conta.. - e os olhos dele eram seus Mel.

E os olhos verdes que se arregalavam à menção do nome de Elliot. Por costume. Talvez toca-se sido melhor ter lidado com Elliot na ausência dele. Talvez. Mellanie suspirou, deixando o cansaço transparecer pela primeira vez, desde o retorno dele. Não ia poder fugir do que tinha feito para sempre.
- Não... Elliot não... - respondia procurando as palavras, até ele levar seu rosto para perto do dele, os olhos, que mesmo que ela quisesse evitar por puro receio, indo direto aos olhos dele.
Tudo bem, eles sabiam como deixar as coisas mais leves... Eram peritos nisso. E ela não se negava entregar-se ao beijo e ao riso, ainda que contido, quando ele deixava a brincadeira sobre Stan ou endossava a proposta de ficarem pelados.
E era tão bom arrepiar por causa dos toque dele e não mais por medo, uhm, Mellanie? E era justamente esse gesto sutil que a enchia de coragem. Precisava jogar limpo com ele... Era seu homem, seu quase marido, pai dos seus filhos. Se ela tivesse feito merda, quem mais ia ajudá-la a limpar?
Fechou os olhos por uns segundos, só para sentir mais intensamente aquele toque da barba que tinha sentido tanta falta, só voltando a abri-los quando ele fazia a pergunta, mais uma vez. Tinha chegado a hora que evitara a semana inteira, Mell. Coragem.
- Os russos... - começava pesadamente. Parecia um passado tão remoto, que ela tinha dificuldades de lembrar os detalhes. Como alguém que apaga um trauma da mente - ...eles... se aproveitaram da sua ausência... E usaram a primeira desculpa para apanharem o Gigio. No mesmo dia que recebemos a notícia do seu sequestro... Eles... Deixaram Gigio aqui na porta de casa, estourado... Dizendo que devíamos para eles... - contava. E amenizava ao máximo para Giovanni, porque se ele não tivesse aprendido a lição depois dessa... Bom, ele não aprenderia nunca. Então talvez merecesse toda repressão que tanto temia. Mordiscou o lábio inferior, antes de prosseguir - Eu... Não sabia o que fazer... Giuseppe me ajudou colocar a cabeça no lugar e... Nós chamamos aquele... Médico... Que trabalha para você no hospital... Mas que... Atende os chamados da... Famiglia... - se sentia meio idiota toda vez que repetia a palavra, mas meneou a cabeça para afastar qualquer pensamento que não fosse aquela conversa - ...ele cuidou do seu irmão em casa... Queria me interditar também, por causa dos bebês, mas... Como eu ia dormir tranquila, com Gio, minha mãe e a Alli indefesas sobre o mesmo teto que aqueles russos atiraram contra? Eu precisava fazer alguma coisa, amor... Eu tinha! E sem você... - hesitou, sentindo um leve tremor.
Era difícil para ela falar da semana anterior. De quando você está fora, sumido, sem ninguém ter certeza se estava vivo ou morto. Problemas que ela não conhecia ou não tinha lidado ainda tinham batido à sua porta... E Mellanie tinha dado seu jeito de resolver. Encolheu os ombros.
- Eu não quis alertar sua família... Porque queria que o foco deles fosse você. Que eles buscassem e achassem você. Então... Eu decidi procurar... Adam Corleone... - murmurava no tom baixo.
Se fuder que ela tinha que estragar a noite que ele estava voltando para casa com aquele assunto. Mas de acordo com as últimas notícias que tinha recebido... Não podia mais adiar aquela conversa.
Mell

Ahh Mel. E pode apostar que ele esperava que aquele almofadinha tinha alguma coisa a ver com qualquer situação ruim que você tivesse enfrentado na ausencia dele. Porque o covarde esperaria apenas isso não é? Vitto não estar por perto para transformar a cara dele em mingau. Mas não era ele hm? Pelo menos isso. E tentava abrandar a cosia como eles sabiam, tentava dar confiança à conversa puxando voce pra bem perto Mell, deixando beijinhos e carinhos na barriga mais linda do mundo.. no pescoço mais perfumado. Até que ela começava a falar e como um cão perdigueiro ele estava com olhos e ouvidos atentos a você e ainda dava tempo de colocar a mexinha pra tras da sua orelha antes de começar a escutar o que vc tinha pra falar..
- Os russos? - Vitto sentiu o coração acelerar com a injeção de adrenalina que o corpo inteiro tinha recebido... A boca ia travando conforme ela contava sobre terem pego Gigio. E você podia notar pela expressão dele a raiva que surgia nos olos cinzentados. Ainda assim não gritou como de costume. travou a boca, o respirar pesado, sem desviar os olhos porque ele imaginava que havia mais. muito mais nessa historia.
- Que desculpa? - Ele quis saber. Não queria ficar no vácuo de nada que pudesse ter acontecido Mell. Nada... então ela continuava e Mell ver seus olhinhos apreensivos, toda a preocupação em sua voz, só agravava ao quadro de furia crescente no peito do loiro. fechou os olhos por alguns segundos. infimos somente para abri-los novamnete em direção aos seus enquanto falava da resolução que havia tomado. E ela tinha procurado os Corleone!?!?!!? Era uma enxurrada de assuntos, Mellanie, vc não devia, devia ter procurado os Barletta, colocado qualquer um dos seus primos para trabalhar em cima disso.. Mas ele entendia. Ele entendia o que vc tinha feito e valorizava e muito por vc ter tomado as decisões qunado tudo parecia estar desabando em sua cabeça.
- O que o Adam fez? O que ele pediu em troca? - Ele questionava.. deixando a mão tocar seu rosto e acolhe-lo, conduzindo seu olhar para ele. A testa encostava na sua . - Eu vou acabar com eles. Nunca mais.. ouça bem.. nunca mais.. eles vão ameaçar você, ou ninguem da minha família... eu prometo. Me perdoa. Me perdoa não ter estado aqui e ter deixado vc passar por isso. Não ter te protegido como eu mandei. Me perdoa. - Ele dizia sem solta-la Mel, pq se sentia culpado. E se algo tivesse acontecido a voce e aos bebes? Ele nao queria vc enfiando a mão na lama que eram os negocios de sua familia. Apesar de que ja tinham sujado bem as mãos nos ultimos anos... juntos. Mas não ia permitir os negocios da mafia engolirem você.

Mellanie não se detinha quando Vitto parecia surpreso com a notícia. Pois é, os russos. E teve uma esperancinha sim de que ele não se prendesse nos detalhes, mas que bobeira. Aquele era o trabalho e a especialidade dele, Mell. Você deixaria passar alguma coisa na Concillium? Então... ela suspirou.

- Uma dívida de jogo... - explicava.

E a parte mais difícil vinha quando tinha que contar que tinha procurado os Corleone. Giuseppe a tinha alertada para o que essa atitude poderia parecer para outros membros da máfia e para o próprio Vitto, mas uma sensação de alívio se espalhou pelo corpo dela, quando a tocava pelo rosto. Ele não a estava julgando... e isso era muito mais do que ela podia esperar. Mellanie conhecia a consequência de seus atos.

- Ahm... na verdade, acho que fui eu que fiz. Eu... disse que estava disposta a pagar a dívida do Gigio... mas queria que eles dessem um... recado aos russos... para que... não voltassem a se aproximar da nossa família...

Ela murmurava devagar. Parecia que tinha acontecido a tanto tempo, que ela sequer se lembrava se estava devendo algo para Corleone, a conversa com Prokhorov martelando em sua cabeça. E como é que ia contar a segunda parte, se ele já estava reagindo daquele jeito agora? Deixou-se levar para mais perto dele, as testas se encostando, a saliva que descia com muita dificuldade enquanto ele fazia as promessas que ambos sabiam que talvez ele não pudesse cumprir.

- Eu tive que negociar o pagamento com Prokhorov... e ele me cobrou um pouco mais do que dinheiro. Não quis envolver a Concilium, mas... ele me mandou uns papéis... - Falava. Mas o desespero dele a deixava com o coração pequinininho. E não tinha nada que ele precisasse saber daquele encontro além disso - Shhhhh... Tá tudo bem, Delícia... nós ficamos bem... - Dizia baixinho, tentando acalma-lo. Ele ainda estava se recuperando e ela não queria abusar da sorte. Mas... a conversa ainda não tinha terminado. E a julgar pelo lacrimejar naqueles olhos verdes, tinha mais coisa ali. Se afastou o suficiente para olha-lo nos olhos, as mãos também no rosto dele. Agora que estavam frente a frente, era muito difícil deixar de toca-lo. - ...Vitto... mataram o filho do Prokhorov... - ela dizia num sussurro - ...e eu sou a responsável por isso... - continuava no tom cada vez mais baixo, as narinas tremendo levemente, enquanto as lágrimas caíam.

Por mais diversas consequências que aquilo pudesse ter, nada conseguia tirar da cabeça dela que era a culpada pelo morte do filho de alguém... e como você espera que uma jovem mãe de quatro crianças se sinta com isso, hein, Delícia?

É claro qeu ele não deixaria passar detalhes Mell. Ele pretendia agir e pra fazer isso, ele precisava saber exatamente o que tinha acontecido e onde estaria pisando. Naquele momento Vitto entendeu as palavras de seu pai. Não dava para continuar se mantendo como um playboy bom vivant. Não quando se controla um imperio de crimes. Precisava mudar para lidar como se deve com cada filho da puta que tentasse fazer mal a sua familia e a resposta sobre o que Gigio tinha a ver com a historia vinha como uma tapa ardido na cara.
- Divida de jogo.. - ele perguntava ainda com a voz baixa, e dê graças por ele estar convalescendo e as costelas fraturadas não deixarem ele se erguer com facilidade Mellanie, ou ele ia caçar Giovani nos quintos dos infernos naquele momento. - DIVIDA DE JOGO?!!?! - Ele gritava, desculpa delicia, foi sem querer.. ele buscva a respiração profunda mais uma vez.. tentando se controlar. Ela estava gravida e eele nao podia sair estiourando por ai - onde está Giovanni? - Perguntava.
Ela contava que tinha procurando os Corleone. Isso tambem o preocupava. Perante a familia, os Barletta eram agora uma mafia que não podia cuidar de seus negocios sozinhos e isso era ruim, muito ruim, pq dava aos outros credito para que viessem tomar seu ramo de negocios. É um ninho de cobras Delicia. E você podia ter exigido do proprio Giuseppe que ele fizesse isso.. mas Vitto não lhe culpava de forma alguma. Voce fez o que imaginava ser o certo para proteger a familia. então ele nao a julgaria, nunca Mel. mas ia recuperar o nome de sua familia. mais do que tudo agora. E Corleone provavelmente ainda tinha lhe tirado o direito da vingança. Ninguem.. ninguem mexe com um Barletta e fica impune. Ela tentava acalma-lo o carinho, a voz doce.. e ele deixava-se respirar ali junto a ela. Isso ele tinha aprendido no periodo de reclusão Mel. Respirar. respirar pra não morrer, respirar pra nao estourar e receber mais uma sura que poderia ser fatal. Respirar pra se manter vivo. Então ela vinha com a noticia final. Os olhos verdes dela molhados daquele jeito ja faziam os sentidos de Vittorio se armarem inteiro, o coração apertar. A mão fazia outro afago no rosto, sem desviar os olhos dos dela. Pode falar delicia. Pode falar que ele estava ali para te ouvir e te segurar. E ela soltava. Vitto chegava a esfriar o corpo. O filho do Prokorov, morto?
- Morto? - Ele questionava. Agora a ciranda estava pronta. - Quando isso? - PerguntavaIa ter retaliação Mell, podia apostar que ia. E ele precisava cuidar das coisas agora. De Imediato. A puxava num abraço pq seus olhos ja diziam como vc estava se sentindo. o rosto colava ao seu numa tentativa de abrandar a sua culpa.
-Eu não quero a Alli no colegio nos proximos dias. - Ele falava num tom calmo, sem solta-la do abraço. - Nem você. Não a quero fora de casa, tudo bem? Não sem mim? - Ele pedia, sabia dos compromissos dela. Mas sabia tambem que os russos vinham com sede de sangue, e procurariam quem estivesse perto. - Giovanni.. onde ele está? - Perguntava de novo.. Cam.. deus era tanta gente pra ele marcar no mapa agora. Ele afastava-se levantando-se com algum esforço. Ele precisava chamar seus homens e traçar o esquema de segurança. Trocar os equipamentos da casa, trocar os armamentos dos homens.. e virava-se pra Mel. - Eu não quero que dirija.. e so vai se aproximar do carro 10min depois que ele tenha sido ligado, tudo bem? - Agora ele tinha que extirpar a existencia dos russos de uma vez só. Pq ao encontrar uma serpente você não pode simplesmente assustá-la, você tem que matá-la ou ela volta pra se vingar.

Ela comprimia os lábios quando ele surtava sobre a notícia de Gigio. Tinha razão, Delícia. Era de se surtar. Ela tinha conversado com ele, é claro... apontado como ele tinha exposto sua família... mas continuava sendo grave. Embora Mellanie tivesse o palpite de que ele pensaria duas vezes antes de fazer qualquer outra estupidez.

- ...Está seguro. Giuseppe cuidou para que ele fosse para um hotel não muito longe, com vários dos seus homens... ficar fora de vista, enquanto eu... te contava o que tinha acontecido... na hora certa... - Contava cansada.

Aquilo exigia muito dela, Vitto. E nem tinha chegado perto do fim. Contava como tinha procurado por Adam e pedido para que ele resolvesse parte do seu problema, enquanto ela cuidava de Prokhorov em pessoa.

Mas a notícia da noite era compartilhar a informação da morte do filho do russo. Que ela não sabia quem era, quantos anos tinha, o que fazia. Tudo o que sabia era que tinha praticamente apertado aquele gatilho também. Se é que ele tinha morrido assim. E pensar nisso só a fazia ficar mais ressentida, e novas lágrimas escorriam sobre seu rosto conforme ele queria saber mais sobre o assunto.

- Há um dia... eu não sei muito mais do que isso... só... me... disseram... que estava feito... e que tinha sido... o filho dele...

E o deixava se aproximar para abraçá-la Delícia, mas nada no mundo ia abrandar sua culpa. Ela ia se sentir responsável pelo resto da vida por aquilo. E suas instruções entravam e saíam pelas orelhas dela, Vitto... não porque não desse a mínima, mas porque ia levar um tempo para que se restabelecesse. Deixava ele se levantar, tentando se recompor enquanto o assistia ir e vir. J[a sabia da gravidade do assunto, mas ve-lo naquele estado tão pouco tempo depois de voltar à vida... ah Vitto, não era assim que tinha planejado. Enxugou as lágrimas e meneou a cabeça em positivo, ia fazer tudo conforme ele estava pedindo... mas precisava confirmar apenas uma coisa.

- Vitto... o que... você... vai fazer? - perguntava. Uma questão prática. Sabia que tinha começado uma guerra.

Ele escutava ela avisar para onde tinha enviado Giogio, sabiamente para tira-lo de circulação. Não respondeu de imediato, mas não se pode ensinar um homem a ser covarde Mellanie. Ele não deveria tr ido, deveria ter ficado e enfrentado a furia de itto e de Vienzzo é claro. Pq seria ingenuidade achar que um assunto daquele porte não chegaria ao Chefe da familia e pode apostar que a tempestade seria ainda maior. Mas tudo que ele fez foi apertar um pouco mais a sua nuca Mel, para trazer seu rosto para perto do dele.
- Está tudo bem. Você fez a coisa certa. - Jamais ele diria o contrário. Você enfrentou a mafia russa sozinha, lidou com tudo do melhor jeito. Do jeito discreto que só os Lewis sabem fazer. O encheu de orgulho Mell. Mas ele se sentia culpado por ter deixado você colocar a mão no poço de piche.
Então vinha a noticia sobre o filho do Russo e de quando tinha acontecido. Um dia. A mente do loiro ja começava a processar. Eles teriam pelo menos o periodo do velorio e do enterro antes que os Russos quisessem uma desforra, e iriam querer. Tinham em torno de tres dias para se organizarem quanto a segurança e locomoção até vir o troco. ou ele podia encerrar a conta antes que a despesa ficasse grande demais. Não ia deixar vc, alli, dona Lara nem ninguem de sua familia correr mais riscos do que ja tinham corrido.
Ela deixava transparecer nos olhos a tristeza pelo que tinha acontecido. Ele a abraçava sabia que aquilo nao ia passar, nem fazer passar. Sabia que nao tinha como evitar as noites que vc ia acordar no meio da madrugada imaginando o rosto do garoto, ou se culpando pelo acontecido. Mas a manteve firme entre os braços assim mesmo. E você não sabia não é Mell, mas o garoto russo tinha 1 ano a mais que Giovanni. era o primogênito do russo e provavelmente herdaria o imperio do pai, era pra isso que vinha sendo treinado. O garoto era violento, canalha, mas inteligente. E foi torturado antes de morrer, espancado e torturado para desespero do Prokorov quando recebeu o corpo do filho de presente, com o recado que você havia mandado dar. Você não ia gostar de ver os olhos do Prokorov quando ele recebeu o corpo do filho Mell. Não ia mesmo.
Ele levantou-se para sair. havia feito todas as recomendações e teria que cumprir Mellanie. Pq agora não era uma simulação de incendio no colegio.
- A Alli. Ela vai evitar o colegio durante um tempo. temos que ver uma professora para ela. Algeum de confiança. - Ele dizia. Antes de ser parado pela pergunta dela, quando ja começava a caminhar para a saída.
- eu vou por fim no jogo... antes que ele tente me dar o cheque-mate. - Avisava deixando um beijo nos lábios dela. - Vou matar os russos...
Não tinha mais o que fazer Mel. Era dar fim nos russos, ou esperar que o troco viesse em você, em Gigio, ou mesmo na Alli e isso ele não ia permitir.

A precaução com Giovanni não era para protege-lo, Vitto. Bom, era... mas em primeiro lugar, era para recuperar e preservar sua saúde. Estando sob controle, o assunto com ele podia esparar... mas com as últimas notícias, ela não tinha escolha senão colocar o assunto em pauta.

E ela não tinha falado sobre aquilo ainda. Para ninguém. Falar com Corleone ao telefone não contava. Ele era uma máquina de gelo. Então a notícia vinha com a avalnache de emoções... a culpa, a sensação de ter complicado ainda mais as coisas para você, Delícia... ela estava se sentindo tão mal...! O abraço reconfortava... mas ela teria que lidar com aquele sentimento sozinha.

E como não concordaria com tudo o que lhe pedisse? Proteger Alli, proteger sua mãe, proteger a família... era só no que pensava agora. E não queria ter nada além da própia imaginação torturando-a sobre os detalhes da morte do garoto... então, não, ela não queria saber como tinha sido.

Resistia um pouco em deixa-lo se afastar, olhando-o com os olhos molhados dali do sofá. Concordava mais uma vez quando ele falava dos próximos passos.

- Eu cuido disso, pode deixar... - Ela murmurava.

Mas ele já tinha levantado estranho... e mesmo tendo certeza do tipo de providência que ele tomaria, ela tinha que perguntar, tinha que saber... o coração batendo acelerado no peito. Apesar de toda culpa, de toda sensação ruim... o pior era você mal ter chegado do inferno e já estar se colocando risco de novo, Vitto. Ela não conseguiria se perdoar se algo acontecesse... por mais que aquela guerra já estivesse escrita.

E a resposta dele vinha amrga... tanto, que ela mal conseguia sentir o gosto do beijo que ele deixava. E o arrepio que vinha, o corpo que se alarmava inteiro. Ela se colocava de pé mais rápido do que devia, a cabeça trabalhando muito mais rápido que o corpo. Ele ia matar os russos... ficar frente a frente com aquele homem desprezível... Mellanie tinha um passamento, só de pensar.

- VITTO! Você não pode ir ainda... você... acabou de chegar! - Ela dizia, antes de conseguir raciocinar de que não adiantava nada daquilo, e que suas palavras só tornariam o momento mais difícil.

Dane-se, ela estava se fudendo pra máfia, para o que a família ia pensar, para o que os outros italianos pensariam. Ela só queria o homem dela com ela. Inteiro e vivo. Mas sabia, dentro dela, que aquele era um pedido vão. Nem por isso não ia deixar de ir até a porta, implorando silenciosamente que se ele não fosse, que pelo menos voltasse.

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Rolagem pelos russos

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Ataque russo à Boate

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Defesa ataque da boate

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Morre diabo. GO VITTO.

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Defesa dos russos contra ataque do vitto

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Tentativa de Assassinato de Vicenzo Barletta