Acquarello Restaurant

O trajeto fora rápido tão logo desembarcava no aeroporto. Seu motorista já o aguardava com tudo que era necessário e evitava uma conversa prolongada com Liz. Apenas o informativo de que ele estava ainda em solo norte americano e que teriam que rever o fim de semana, ja que viajaria somente apos ter certeza do estado clinico de Mellanie.

Chegavaao hospital e estranhava a quantidade de homens de terno diante da instituição. E principalmente pela concentração de seguranças na porta do quarto de Mellanie. Obtinha comStanlley o estado real em que Mellanie se encontrava alem da certeza de que não se tratava de nenhuma causa externa como um atentado por exemplo.

Abria a porta achando o absurdo a vida de sua filha estar limitada àquilo. Era claro que se tratando da familia com a qual ela resolvia se juntar só podia ter coisa muito suja por tras de tantos seguranças diante de uma porta de hospital. Entrava no quarto com os olhos diretos sobre o corpo adormecido de Mellanie no quarto. O coração rigido do Conselheiro abrandava levemente. Mas ainda sentia o aperto que toma conta do peito de qualquer pai que ve a filha amada adoecida. Parava diante da cama onde ela dormia abraçada com Alli, para deixar a mão passando pelos cabelos negros dela. OhMellanie ele lutou tanto para que você nao tivesse que passar por situalções como essa. Conseguia entender? E ele ainda nem tinha ideia de por onde vc estava andando... Ouviu a voz de Lara avisando que eles pr3ecisariam conversar e só então desviava os olhos para ela. E quase podia voltar no tempo. Quando Mellanie era ainda um bebe e tinha febre e os dois paravam junto ao berço para cuidar da pequena. E você estava igualmente linda como naquela época Lara. Estreitou os olhos na direção dela quando pegava Alli. E meneava a cabeça passando a mão pelo rosto. Insicava o caminho da porta para que pudessem sair, depois de deixar um beijo nos cabelos de Mellanie.

E para onde iriam? Bom, nele não ia mentir que prefeiria que você não usasse a pequena Alli como um espelho para se proteger da presença dele Lara, mas tudo bem. Até porque a saida de Lara do hospital era aocmpanhada por uma leva de seguranças que seguia acompanhando o carro blindado do Conselheiro. E bom ja que tinham a pequena Alli a lhes fazer companhia ele não podia propor um lugar mais intimista. Indicava pelo interfone ao motorista para onde deveria seguir e Lara talvez reconhecesse o caminho do Haras de Cameron aquela noite. Iriam ao restaurante do Haras. De qualquer modo, se Alli acordasse poderia estar entregue aos monitores infantis do lugar.

Eram recepcionados e indicados a uma mesa elegante na área mais afastada. Esperava ela sentar-se para fazer o mesmo.

- Eu devo entender que é algo muito sério,para que você tenha pedido pra estar a sós comigo, Lara... – Ele questionava. Enquanto sinalizava que o vinho podia ser servido apos a prova.

Claro que com um bebê recém nascido ficava difícil de acompanhar o marido. Tanto nas coisas que detestava, como os compromissos oficiais... quanto nas que lhe doía não comparecer. Como visitar Mellanie no hospital... principalmente porque talvez existisse a chance de rever Joshua e... O pensamento lhe cortava qualquer voz que Albert estivesse usando com ela ao telefone. De que importava a viagem no final de semana, uhm?

Lara, por sua vez acompanhara a entrada de Albert do quarto da abertura da porta à primeira torca de olhares entre eles, o que parecia ter durado uma eternidade, já que todas as atenções estavam em Mellanie. Falava por cima parte dos problemas que tinham enfrentado no dia e convocada aquela conversa. E para Lara aquilo iria ser difícil por um único, motivo... mas quando acordada Mellanie tinha calculados outras probabilidades. Que fosse, aquela era a melhor solução no momento.

Se despedia da filha sussurrando algo em seus ouvidos adormecidos, já acomodando Allison nos braços. Ora, ele preferia que ela não usasse a pequena como escudo... mas o que faria com ela? A deixaria em casa sozinha? Obviamente que não. Se dirigia para o carro dele, não opinando mais do que a recomendação que já tinha feito sobre o tipo de lugar em que deveriam ter aquela conversa. Alli não acordava, então era providenciado um Troller para que ela continuasse ali próxima a eles enquanto conversassem.

Não fazia pedido... mesmo porque tinha muito mais pressa do que fome. Resolver o problema da filha era primordial, mesmo que tivesse que pedir um favor a ele. Respirou fundo quando ele terminava de falar.

- Você deve ter visto as notícias... Vittorio está... refém de umas dessas... organizações extremistas... no oriente médio... - Ela começava, lançando um olhar para Allison de relance. Ela também não queria admitir que algo de errado pudesse ter acontecido com o genro, mas... - ...e foi só a primeira parte do dia... porque logo depois de ouvir isso no noticiário depois de... uns dois dias sem conseguir falar com ele, Giovanni, o irmão mais novo... foi deixado na porta de casa completamente ferido e... - Ela tinha que se conter por um segundo - ...nós... mas principalmente ela... estamos tendo que lidar com isso, agora...

E para toda sorte de noticias nem todas eram ruins. O que a mãe de Mellanie podia escutar sobre o estado de saude de Josh era que o rapaz havia acordado e começava a reagir bem as medicações, embora fosse mantido constantemente sedado por conta das operações e restaurações para que pudesse voltar a tentar andar. Em breve os medicos estariam iniciando a serie de fisioterapias para devolver ao militar o ovimento das pernas. Por hora. As cirurgias reconstrutoras abrangiam rosto e ossatura. Mas nao é de Jorh que iremos falar hm Lara? E o Conselheiro a conduzia ainda que contrariado ate o restaurante do Haras de Cameron Barletta.

Ela nao fazia o pedido, mas eleo fazia tão logo Alli estivesse acomodada e você Lara estivesse pronta para conversar e ter os olhso do conselheiro mais uma vez sobre os seus, ansiosos, e saudosos. Tão linda. E aquilo leh dava tantas saudades lara. Esperava o garçon sair para que pudesse voltar os olhso a ela e destinar toda a atenção mais uma vez... E ela começava.. explicava a situação de vittorio e por fim. O estado em que Giovanni fora deixado na porta da casa dela.s E agora sim tinha plena atenção do Conselhiro. Mas que diabos Vittorio pensava estar fazendo para deixar sua familia exposta deste jeito.

- O irmão de Vittorio foi despachado na frente da casa machucado e o que voces estão faznedo morando lá ainda!? 0- sim, pq no que dependessse dele, estava tiando voces de la em 5..4...3... E ja tomava o celular para ligar pra sua secretaria, ela teria que providenciar um imovel confortávelpararecebe-las- Se os inimigos de Vittorio estao atacando a familia.. voces nao estão seguras naquele lugar.. – Dizia entre os dentes.. e claro que ele sempre soube que daria isso.. – entende agora pq sempre fui contra este relacionamento? Ele não é seguro nem saudável para Mellanie!

Ah ele estava indignado!

Ela contava como podia... e como não? Precisava introduzir aquele assunto de algum jeito, mas... em algum momento a coisa parecia sair do controle e pronto. La estava ele querendo tomar as decisões que Lara tinha certeza que Mellanie seria contra. Tentava argumentar sutilmente, tentando interromper aquela linha de raciocínio matadora do ex-marido... mas ele ela uma máquina de indignação, de modo que só conseguia falar quando deixava a pergunta retórica no ar. E por mais que ela concordasse que a situação não era saudável, Albert... existiam coisas que ela entendia, e que aparentemente, você não.

- Albert... por favor... me escuta. Como você acha que a nossa filha se sentiria se acordasse e percebesse que perdeu o pouco controle que conseguiu da situação? Você pode achar o mundo que ela estava vivendo perigoso... eu com certeza acho... mas o que você não entende... é que ela ama essa família que escolheu. E já daria tudo por ela! Albert... nossa filha... está esperando filhos daquele homem... um homem que eu acabei de te contar que está feito refém em algum lugar perigoso do mundo... e tudo o que você consegue dizer é uma espécie de 'eu te disse'? - O questionava.

O tom de voz ainda era baixo... e ela nem saberia dizer de onde tinham saído aqueles argumentos. Engoliu com dificuldade. Sua missão sequer tinha começado, mas não podia deixar de perguntar:

- Não há nada que você possa fazer por Vittorio? - Afinal de contas, você era Conselheiro da ONU, certo, Albert?

Ele sorria. Não era possivel que estava escutando aquilo.. controle?!!? O que você entendia por contrle Lara, porque para ele não havia contrle algum quando se mexia com gente do submundo.

- Controle? Acha mesmo que Mellanie tem algo sobre controle? Lara.. ela não está lidando com investidores insatisfeitos, ela está lidando com gangsters! Com bandidos! Esta gente nao mete um processo qunado nao está satisfeita com um serviço.. eles mandaram um recado pelo irmão de Vittorio! Agora me diga porque eu deveria assistir de camarote minha filha afundar nesta lama que vittorio charfunda?!!?!

NÂO! Ele nao criou mellanie para ser mulher de bandido! Ele a criou para ser uma princesa e sim saber que ela corria risco de vida anunciado deixava o conselheiro louco.. e ela queria saber de Vittorio!? Foda-se Vittorio! Em primeiro lugar estava a filha dele, e Lara tinha que lembra-lo dos bebes.. tinha.

- Não me lembre disto que só aumenta a minha certeza de que Mellanie fez a escolha errada mais uma vez.. voce nao consegue ver lara?! – ele endireitava-se. Ja havia deixado a bebida de lado, nao importava. – Não importa o quão carinhoso e bom Vittorio seja pra ela ele jamais poderá garantir a segurança dela ou dessas crianças enquanto ele estiver metido nisto.. me diga.. equando essas crianças nascerem? Vao viver vigiadas com medo de uma bala endereçada ao pai1?!?

Pronto lara, vc tinha sua dose de realidade no momento. Albert respirava fundo indignado. E amenize para ele Lara. Mellanie era a unica filha dele. Seu bem mais precioso e nenhum pai fica tranquilo sabendo que a filha pode tomar um tiro a qualquer instante.. ela defendia a familia e o amor de mellanie e questionava sobre o que dava pra fazer por vittorio.. ele ate podia reafirmar a respeito das buscas, e tentar acordos com a liderança terrorista.. mas porque faria isso? Talvez a captura de Vittorio fosse uma benção... ou talvez.. pudessem negociar a respeit lara..

- Eu posso tentar.. – era o que respondia. Voce ficaria eternamente grata a ele?

Lara achava que Mellanie tinha controle, sim. Porque em toda sua vida, não tinha sido tão forte quanto sua filha tinha se mostrado, em tão pouco tempo de convivência. Se ela queria algo, não desistia. E nenhum problema parecia faze-la menos obstinada. Comprimia os lábios... porque por mais que não sentisse tão a fundo a realidade de Vittorio, imaginava sim, o mundo em que vivia... e para o qual estava levando Mellanie. Mas aquele não era o tipo de coisa pela qual se escolhia, era?

- Pelo mesmo motivo pelo qual nos levou a nos casar um dia? - Ela sugeria, antes que pudesse se conter.

Claro que não sabia exatamente onde dariam todas as suas ambições, Albert... mas Lara sempre tinha sdo uma mulher inteligente e perspicaz, por mais que não fosse do mundo dos negócios. Tinha dado aquele passo em direção a uma vida com você sabendo exatamente onde tinha se metido. Só não esperava que você fosse mudar tanto... principalmente com ela. Suspirou.

- Albert... você não sabe... nem nunca vai saber o quanto me dói dizer isso... principalmente por não ter estado disponível pra Mellanie todas as vezes que ela precisou de mim... enquanto crescia, enquanto se tornava a mulher que é... mas essa escolha é só dela. Eu e você não podemos interferir... mas nós podemos e devemos apoiar... Vittorio nunca deixaria nada acontecer a ela... mas... se algo acontecer a ele, imagino que devemos ter um discurso muito melhor do que esse para oferecer a nossa filha...!

E ela ia tomar folego para falar mais, Albert... alguma coisa, qualquer coisa, que rachasse sua cabeça ao meio e fizesse entender que o mundo não era perfeito e simétrico como queria acreditar. Mas então... ele dizia que podia tentar? Lara deixava os lábios entreabertos no começo de qualquer coisa que fosse dizer.

- Você... vai tentar? - Perguntava devagar, olhando-o nos olhos.

E vinha na boc apresposta para aquela sua deixa lara. Por pouco os labios do conselheiros nao se abriam para dizer "mas eu nunca colocaria sua vida em risco" seria uma enorme hipocrisia visto que ele esmo tentou mata-la.. entao silenciou-se e manteve os olhso sobre os dela por algum tempo. Dois a zero Lara lewis..

- Você casou com um político não com um mafioso.. – ele respondia endfim paranao sair tão por baixo da investida que ela dava.

Nossa missão como pais não é apoiar, mas mostrar o caminho errado que ela anda trilhando. Eu jamais me permoaria se algo acontcesse a melanie e eu tivesse sido complascenete com isso..

Ela lembrava do amor, da dedicação de Mellanie aquela familia torta do Vittorio. E ele sonhou tanto pra vc mellanie, um casamneto comWilliamou com Harry.. mas não.. sobrava a raspa do tacho do poderoso chfão.. Lara fazia a pergunta..ele confirmava. Podia.. podia sim tentar.. em nome da familia, em nome do bem estar de Mellanie e principalmente pq ele sabia que elajamais o perdoaria se ele ao menos nao tivesse tentado.. lara desviava os olhs para ele.

- É.. eu vou tentar.. e vc nunca mais vai poder repetir que eu nao ligo pra isso...

E o mundo poderia nao ser simetrico como ele desenhava..mas ele podia ao menos ajustar as linhas..

- vou Mexer os meus contatos e ver o que eu consigo pra liberação de Vittorio.. nao garanto nada. Mas ao menos eu vou tentar.. – dizia. Nao queria levantar esperanças pq não sabia ainda o real estado das negociações. Viu Lara.. ele não era assim tão malvado.. e tudo isso por sua causa.. parabens!

Que bom que ele não falava, ou provavelmente começariam um discussão que fugiria completamente ao foco. Porque ela só queria fazê-lo pensar a respeito. É bom, aparentemente tinha conseguido. Ou quase.

- O que na prática não é muito diferente... E você só vai me dizer o contrário se quiser subestimar minha inteligência... - ela prosseguia calma, por mais que conversar, ainda que sutilmente sobre o passado, a deixasse um pouco ansiosa. Bom, era pelo seu melhor motivo que estava fazendo isso: Mellanie.

E ele vinha com o sermão de sempre. Comparativamente ao tempo que tinha disposto com Mell, Albert, Lara estava ali apenas a uma fração de segundo. Mas até mesmo sala já estava acostumada com aquele discurso. Meneou o rosto.

- Isso é para as crianças, Albert. E depois disso, para as pessoas comuns. Você acha mesmo que a nossa filha é uma pessoa comum? - perguntava, os olhos nos dele - Você pode me dizer que não quantas vezes quiser... Mas Mellanie foi criada para este mundo... Talvez até mesmo para este preciso momento. Ela é muito mais do que a garotinha que você insiste em enxergar. Ela é inteligente e ela é forte... E me dói dizer isso, mas essas qualidades todas foi você quem ensinou a ela... Porque eu não estava lá... Então... Por que você não confia na educação que deu a nossa menina? - Ela perguntava, os olhos brilhando de lágrimas, mas ela não ia chorar.

Respirou fundo, o assunto de vitorio entre eles. E ele ia ajudar? A expressão de Lara se iluminava, mesmo que aparentemente ele estivesse fazendo isso para provar algo com o qual não queria compactuar. Não importava. Ele ia tentar, e essa era a melhor notícia que ela poderia ter na noite, depois da saber que seria avó de mais três bebezinhos. Não conseguiu evitar um pequeno sorriso, de alívio e satisfação. É isso Mellanie sequer tinha pedido para ela, uhm?
- Isso é... Muita coisa, já. Acredite. - Murmurava. E agora até ela precisava de um gole do vinho, que tomava devagar, antes de voltar-se para ele - ...obrigada...! Mesmo. Mas... Não foi... Só por isso... Que pedi para termos essa... Conversa...

Filhos criados, trabalhos dobrados. Conhecia a expressão hm Lara. Ele escutava parte do discurso que ela fazia sobre confiança, sobre educação depositada e meneava a cabeça tomando um gole da bebida.

- Educação, berço, nada disso tem a ver com escolhas erradas Lara. E pra mim, não importa quantas vezes você diga que Vittorio Barletta é a opção pra Mellanie, que eles se amam. Não me convence. Desde a pré-história o homem sabe que é escolhido para casamento quando pode prover algo. E entre os itens que ele precisa prover está alimentação e segurança. O homem que não protege sua família não serve para ter família.

Não adiantava vir com nenhum discurso romantico. Na visão de um pai. Vitto jamais seria o homem certo para a filha dele pelo simples motivo: Ele era um marginal. Rico, de colarinho, mafioso, mas não passava de um marginal na concepão do Conselheiro.

- Mas sim, em nome de nossa filha e da felicidade dela, eu verei o que eu posso fazer. – Repetia vendo o sorriso que ela deixava escapar. – E se eu soubesse que sorriria assim pela noticia teria dito isso na primeira palavra trocada. – Fazia o galanteio antes de ajeitar-se na cadeira para escutar ela dizer que não era apenas aquilo. E pq ele tinha a sensação de que sabia exatamente de que a coisa podia ir mais longe do que imaginava.

- E pra que você esteja aqui medindo as palavras para falar do proximo assunto, eu devo entender que se trata de algo muito grave.. – complementava sinalizando ao garçon que podia se aproximar com o pedido e servi-los. A Lagosta ao Termidor era então colocada na mesa e o vinho novamente enchido nas taças.

Ele não queria outro de vista... tudo bem. O que valia era o que ele dizia sobre a tentativa de fazer algo por Vittorio, melhorar a situação dele, que fosse. Os lábios comprimidos, igualzinha Mellanie fazia quando estava pensativa ou contrariada... sabe, Albert? Ela estava ouvindo você... e claramente não concordando. Credite isso ao tratamento de sucesso que Vittorio a tinha submetido ou a ignorância dela sobre aquele mundo... ela confiava muito no rapaz. Então não ia discutir com você, ALbert... até porque, a ideia de que faria alguma coisa a iluminava por completo... e transbordava naquele sorriso.

E ela só o continha pelo elogio, quando se endireitava, tomava o gole de vinho e desviava o olhar. Era bem estranho ouvir aquelas coisas dele... principalmente depois daquele beijo na Vila Barletta. Meneou o rosto. Tinha assuntos mais sérios a tratar. Respirou fundo e falou... mesmo que não fosse efetivo. Não chegava a lugar nenhum porque... era difícil fazer aquilo. Pedir aquilo. Principalmente porque era uma necessidade de Mellanie. E ela não podia ter um não como resposta. Esperou os garçons servirem a lagosta, encherem novamente as taças. Não tocou na comida ou na bebida, voltando a olha-lo nos olhos.

- É bastante sério, sim... mas não me peça para explicar... eu não sei mais do que vou te contar... - Começava, depois de engolir com dificuldade - ...o irmão de Vittorio, Giovanni... foi pego porque... estava devendo para alguém, pelo que entendi. Mellanie... ela... não me contou o que fez... quando saiu de casa, antes de passar mal e ir parar no hospital, mas... ela me pediu, para conseguir o dinheiro com você... antes do... remédio fazer efeito. Stanley não sabe quanto tempo ela precisará ficar no hospital e... eu entendi que ela tem... bastante urgência em resolver esse... assunto... - Dizia no tom murmurado, discreto. Fazia seu melhor para escolher as palavras, mas mesmo assim parecia mais superficial do que gostava de admitir.

E sinceramente ele já não se importava com o que você pudesse achar da pessoa de Vittorio Barletta lara. Na verdade o italiano tinha virado um enorme ponto nulo naquela conversa. Era por você que ele estava fazendo aquilo. Pq se fosse creditar isso a fazer por Mellanie, com certeza ele deixaria Vittorio lá no fim do mundo onde estava. Se ele nunca mais voltasse, Melanie com um ano ou dois o esqueceria e estaria pronta para começar uma familia de novo. Com alguem descente. Mas era você quem estava ali pedindo e ele sabia o peso que tinha ficar bem aos seus olhos.

Percebeu o leve desconforto que o elogio causava nela e sorriu sem desviar os olhos enquanto ela se ajeitava.. sinalizava aos garçons para que eles se retirassem. O cheiro da lagosta tomando todo o local. Ele tomava mais um gole do vinho enquanto ela parecia se encher de coragem para falar mais uma vez.

E o sorriso do conselheiro ia sumindo do rosto conforme Lara ia explicando a situação. Ate a parteem que ela contava que o irmão de Vittorio tinha cometido a burrice de se meter com coisa errada, ele não se importava. Oras que os barletta cuidassem do pequeno delinquente, agora quando ela envolveu o nome de Mellanie na historia, Albert deixava a taça de vinho sobre a mesa e debruçava-se sobre ela, contendo a frase entre os dentes. Para nao despertar mais a atenção.

- Está me dizendo que Mellanie se meteu nesta sujeirada toda?!!? – Claro que era uma sujeirada, ninguem é pego por estar devendo se nao estiver devendo a alguem muito errado e se tratando de um barletta, ele nao estava devendo ao cartão de credito. Albert controlava-se para nao emitir um palavrão naquela mesa. – Mas o que a Mellanie tem na cabeça? Pode me dizer?!!?!?!!?! – e ja nem sabia se queria perguntar onde ela tinha ido quando passou mal. Albert sentia as batidas do coração ressaltando na boca. Passava a mão pelo queixo enquanto olhava ao redor. – E porque os Barletta não resolvem isso? Mellanie agora é uma mafiosa?! – Perguntava num tom que apenas ela escutasse. – Entende porque eu acho esse casamento um erro!? – E ja começava a rever se nao devia deixar Vittorio Barletta apodrecer no ninho de rato que tinha se metido.

E ainda bem que Albert mantinha o teatro quando via que ganhava pontos. Porque se começasse e destilar aquela historinha, Lara teria certeza do quão pouco você conhecia o verdadeiro significado de família, Conselheiro. Como se a filha deles fosse uma máquina, um computador, capa de se reiniciar e seguir em frente. E olha que ela até concordava com os perigos, com o jeito torto de Vitto ganhar a vida... Mas convenhamos que ela estava voltando para aquele mundo só agora, de maneira que o amor é a verdade era tudo o que ela mais prezava. E isso Vittorio e Mellanie pareciam ter de sobra.

Mas não era naquilo que estava pensando. Era no seu próximo problema... Por melhor que tivesse se saído em seu primeiro pedido. E não, ela não ia usar o visível interesse dele a seu favor. Sempre tinha sido mais difícil para ela jogar... Agora então, com tantos anos entre eles, era praticamente impossível. Seu melhor remédio era respirar fundo, tomar um pouco de vinho e deixar fluir da melhor maneira que podia... Por mais que ele parecesse não gostar de nada do que estivesse ouvindo, fazendo força para não se afastar quando ele se debruçava sobre a mesa daquela maneira.

- Não me peça para te explicar! Tudo que eu sei é que ela faria qualquer coisa para proteger a família! Seja por Vittorio, o irmão dele, eu... Você! E nem estou colocando Allison e os bebês na conta! Você sabe muito bem o que uma mãe ou um pai desesperado é capaz de fazer! - respondia entre dentes.

E tinha que fechar os olhos quando vinha a avalanche de perguntas, sentindo-se tonta. Claro que não queria pensar no fato da sua filhinha estar fazendo algo errado ou ilegal... Mas isso agora não vinha ao caso. Precisava resolver o problema de Mellanie, porque a filha não tinha condições de lidar com uma negativa naquele momento. Abriu os olhos, maneando o rosto. Não importava o quanto discordasse, Conselheiro.

- Albert, eu não sei mais do que estou te falando! - Dizia exasperada - Tudo o que eu sei é que Mellanie não pode passar por novas perturbações do gênero porque... Os bebês... Albert... São três. Mellanie tem que se acalmar se quiser mantê-los... Se quiser levar a gravidez até o final! Então... Por favor... Não vamos ser mais um problema para ela, agora. Por mais que você não concorde, Albert... Por favor... Vamos ajudar ao invés que apontar os erros... - e mais um suspiro vinha, antes do baque - ...ela estava a caminho do banco, quando se sentiu mal. Precisa de 15 milhões que ela não vai conseguir negociar agora, do hospital, então... - deixava a sugestão no ar.

E não tinha percebido, mas nem sequer precisava mais se esforçar para manter os olhos nos dele.

Ele escutava aquilo perplexo. De todas as besteiras que Vittorio Barletta poderia fazer na vida, expor a filha dele àquela sordidez da máfia era com certeza a pior que podia escolher. Inquietava-se na cadeira porque somente de imaginar até onde Mellanie tinha ido pelos problemas dos Barletta fazia seu estomago revirar. Bebeu o vinho quase que de um gole apenas. Enquanto lara tentava explicar o inexplicável. Ela alegava amor de mãe, de familia e ele meneava a cabeça deixando a voz sair trincada entre os dentes.

- Eu sei. Sei exatamente o que o amor de um pai pode fazer – E ele sabia Lara, o amor de pai dele fez com que ele atentasse contra a vida da propria mulher. E era exatamente este amor de pai que fazia com que ele estivesse se revirando inteiro por dentro para proibir Mellanie de chegar perto que fosse de Vittorio Barletta novamente. Era a vida da filha dele que estava em conta. Dane-se Vittorio, o irmão dele ou qualquer outro maldito carcamano. Mas ela falava das crianças. Seus netos de sangue e da pequena que ja havia conquistado seu coração.

E ele meneava a cabeça olhando ao redor quando ela vinha com toda a ladainha sobre nao ser mais um problema, mas pode apostar Lara que ele nao ia deixar essa histopria como estava. Ele iria conversar com Mellanie tão logo ela estivesse bem e então vinha a nova bomba. Tres?! Ele virava o rosto para ela ainda piscando para assimilar a frase. Como assim?!!

- tres?!!? – Pela Rainha que ele nao cansava de se surpreender com auqilo tudo. – Tem certeza? Quer dizer.. o Stanley está certo disto? Ele é meio maluquinho Lara, não seria melhor a gente pedir uma terceira opnião?!!?! – E nao tinha como o velho Conselheiro nao sorrir com a novidade. Avô e de Três!! Mas como o diabo quando não vem manda o secretário....Ele parava de beber o vinho no meio do caminho. Os olhos arregalados na direção de Lara.

- 15..... milhões?? – perguntava. O que diabos aquele garoto estava fazendo pra dever 15 milhões de dolares??? – Pra quem ele está devendo 15 milhões de dólares. Lara. Isso não é como dever cigarros na banca mais proxima...

É, Albert... sua filhinha tinha crescido. E fazia um tempo. Ainda se lembrava do ritual de iniciação dela na Ordem? A única que fazia as vezes de embaixadora às cegas ali era Lara, motivada pela notícia de que havia ainda mais um netinho na barriga da filha, empenhada em conseguir o que fosse para que ela não precisasse passar por outra situação como a daquele dia sem fim.

Mas sabia exatamente em que ponto tinha tocado, quando deixava a insinuação para ele. Pois bem, ele sabia e se lembrava do que era capaz. Por que diabos queria julgar as atitudes de Mellanie, então? Ela agora tinha seus próprios filhos... e por mais que ela mesma tivesse que relutar contra seus instintos de mãe protetora que quer recuperar o tempo perdido, já não podia mais mante-la debaixo das asas. Nem ela, nem ele.

E se sabia de algo que mexia com você Albert... e que o tempo não tinha levado, era as crianças. Tinha sido tão louco por Mellanie, quanto ela tinha certeza que era pelo filho mais novo, agora. E como seria pelos netos... e por mais que pensar no assunto lhe desse uma sensação esquisita, era disso que largava mão para amolecer o coração dele, antes da cartada final. E o sorriso pequeno que curvava as laterais dos lábios enquanto afirmava positivamente com a cabeça.

- Bom... ele é um bom médico, não é? Quem Mellanie e Vittorio escolheram para cuidar dela durante a gestação. Ele sequer contou para ela, ainda, para não deixa-la mais agitada... você está sabendo em primeira mão... - Murmurava, se deleitando com o momeno por um segundo.

E tinha que fazer força para voltar ao assunto original, porque ver sua expressão animada daquele jeito, Albert! Como ela queria poder passar o resto da noite falando sobe aquilo. Mas não... então dizia o que tinha ido até ali para dizer, de uma vez, e a seu jeito. Não esperou por outra reação dele que não aquela, mas pelo menos ele não tinha virado a mesa.

- Eu não sei mais do que eu estou te falando, Albert. Eu juro. Só estou sendo porta voz da nossa filha... e por favor, não negue isso a ela! Quando ela sair do hospital... e os bebês estiverem a salvo, vocês conversam sobre isso... agora, você pode por favor, conseguir esse... valor... para ela? - Perguntava devagar e num tom de voz baixo. Não era bom abusar da sorte.

Não.. ele não esquecera daquele dia desgraçado quando viu ua filha cavalgando um homem mascarado que ele sabia bem de quem se tratava. Nenhum pai em estado normal esta pronto para ver a filha foder daquele jeito e diante de todos. Portanto, este era um assunto e uma visão queAlbert fazia questão de esconder nos recantos mais profundos emorbidos de sua existência. Assim como o assunto a respeito das crianças. Era louco por Mellanie, sempre fora, areal razão de tudo que ele fez, fosse politica ou economicamente falando, assimcomo era louco pelo pequeno Albert. A unica coisa que o fazia suportar aquele casamentozinhomediocre e mal elaborado ainda mais agora que a sombra do passado promiscuo de elizabeth despertava do coma. Mas este tambem era um assunto enterrado. Nao queria e nem ia entrar neste interim. Nemquando o assunto agora englobava os netos. E não se engane, mesmo nao sendo de sangue, ja tinha real amor pela pequena Ali. A unica coisa boa que Vittorio trouxe para esta existencia.

Falava sobre Stanley. E não é que nao gostasse do sobrinho, mas Stan saia de todos os padrões de um médico cássico que ele estava habituado epreferia. Primeiro que nao podia confiar num médico que chega de tenis e camisa de banda de rock por baixo do jaleco para fazer uma consulta. Respirava fundo. Era a escolha de Mellanie, elenao poderia nem iria intervir.. por enquanto. Porque ainda estava em pauta convence-la a parir em Londres, para que a cidadania britânica fosse concebida em primeira instancia.

- Está certa. Foi uma escolha dela. Mas issonao quer dizer que eu deva aprovar. Tenho o direito de opnar a respeito disso. Acho.. sinceramente que ela precisaria ser assistida por um medico mais experiente. Nao desfazendo o talento da medicina que Stanley possui. Nao me entenda mal.. – ele dizia nao queria parecer tão opressor quanto anos atras Lara, ele estava se esforçando. E o sorriso bobo de avô que surgia nos labios ainda mais quando sabia que estava sendo primeiramente informado. – eu preciso ve-la. Ja se deu conta disto Lara. – e a mão que toava a dela por cima da mesa, apertando levemente – Seremos avós.. não pensa sobre isso? Aproveitar a chegada de nossos netos. Juntos?

Mas o assunto tomava outro rumo e os olhos de Albert iam se estreitando quando ela falava o valor. Seus sentidos de perigo se ativavam todos. Ela nao podia estar alando sério. Ele endireitava-se na cadeira avisando que nao teria como informa-lo mais a respeito. Ela estava sênil? Nao entendia o valor da quantia que era pedido? Vc não pertencia a este mundo sujo e criminoso Lara. Talveznao entendesse na casa de abelha que Mellanie estava se enfiando.

- E quem me garante que seja la quem for receber esta quantia vai dar como final este assunto, isso está me cheirando a chantagem Lara.. E se for chantagem sobre algo, quem pediu 15 milhões nao irá ficar seossegado.. – avisava ajeitando-se quando ela pedia por Mellanie, usando o amorincondicional que ele tinha pela filha para selar este pedido, ele ajeitava-se. – Tudo bem.. euvou conseguir o valor.. e vou cuidar disso pessoalmente tambem. – não ia permitir que a filha dele se enfiasse em nenhum buraco de cobra. Não mesmo. – Disse que foi um problema do irmão de Vittorio, certo? Onde ele está?

Sabe, Albert... os anos tinham passado, mas nada que não fosse conforme seu desejo não era do seu gosto. E pelas coisas mais bobas, Conselheiro. Do médico da filha deles, até... ela não queria imaginar. E talvez Mellanie tivesse sido objeto desse perfeccionismo por mais tempo do que qualquer pessoa, já que ela não tinha estado lá. Mas não mais.

Não ia entrar naquela discussão, por mais que achasse que ele precisasse de um sermão sobre RESPEITO. Porque o mundo não girava em torno das aprovações e opiniões dele. Mas se conteve, em nome das notícias que tinha que dar à ele. A dos netos primeiros, é claro. E se ela tinha se dado conta? Não podia deixar de sorrir.

- Claro que sim... o tempo todo! Nossos netos... - Ela murmurava. E ainda conseguia enxergar Mellanie apenas um bebê em seus braços, tantos anos atrás.

Estava perdida nesses pensamentos quando sentia o toque da mão dele, os olhos que se encontravam por um segundo, antes dela puxar delicadamente a mão debaixo da dele. Estava fugindo, Albert, mas não com a mesma pressa de antes... Pigarreava e voltava ao assunto original que falar das crianças deixava os dois mexidos... e ela não queria provar mais daquela ligação do que era o necessário. Iam ser avós, isso era tudo.

E aquela pressão dele por saber mais estava começando a deixa-la agitada. As palmas das mãos suavam, mas ela respirava fundo e se continha. Ou tentava. Porque imaginar que algo pior do que aquele dia acontecesse à Mellanie... NÃO! A filha não podia passar por mais nada tão estressante. Experimentou uma sensação de alívio ao dizer que ele conseguiria o dinheiro. Aquela missão tinha realizado! Ufa!

- Albert... você tem minha eterna gratidão! Mellanie nunca tinha me pedido nada e... é muito importante apoiarmos ela nesse momento. Obrigada! - Murmurava, olhando-o nos olhos, sem medo. Mas a pergunta dele... - ...mas eu não acho que seja o momento para falar com Giovani. Ele está em repouso absoluto... internado em uma UTI móvel em casa... Vamos... deixar essa... conversa para depois, uhm?