Piscinas

E estava certa em achar que só a presença da familia ia conseguir dar a Vittorio os momentos de paz que ele estava precisando. Obviamente que os paparazzi nao davam sossego nem nos EUA , nem na italia Mellanie. As cinzas do que restava de Don Vincezzo haviam sido trazidas no caminhão e vinham na urna funerária nas mãos de Vittorio. E tudo que ele conseguiu ver foi vc e ali quando desembarcou. Sabia que a mãe estava ali, a irmã. Mas ele precisava tanto do seu abraço Mel. Do seu colo. Que caminhou cego na sua direção para sentir o abraço que vinha triplo, pelas suas mãos e de Alli.. e desabou no choro que estivera preso todos esses dias por tras das lentes escuras do oculos. A pequena Alli parecia saber da tristeza do pai pq o abraçava tão forte apertando a pontinha do narizinho contra o rosto dele.
Ele não disse uma palavra Mel, mas deixou que voce o levasse dali para longe dos paparazzi que ja emitiam flashes e mais flashes sobre o casal, os seguranças que ja faziam uma barreira para guia-los até o quarto.. junto com Ingrid e Cam. O caminho para a residencia dos barletta fora silencioso Vitto não soltava a mão de Mellanie, tão pouco permitia que Ali saisse de seu colo. Teve o abraço da mãe.. e de Cam.. e foi assim até a residencia.
Ingrid ja havia cuidado de tudo ara a cerimonia funebre que ocorreria naquela tarde. Uma passagem rapida em casa para trocar-se, para um banho.. e deveriam cumprir o desejo de jogar as cinzas sobre as terras da familia. Apos a benção do padre que aocmpanhava a familai ha decadas. O mesmo que fez o batismo de Vittorio.
Vitto não sabia explicar bemo que sentia, quando enfim deixou o corpo desabar em uma das cadeiras do jardim. Ouvia os barulhos da casa. Os parentes, amigos, colaboradores que estavam ali para prestar suas condolências, bebendo e comendo. Sua av´que estava sedada para suportar ter enterrado o filho. Ali ao menos nao tinham a presença dos paparazi.. ele parou o garçon que passava para tomar a garrafa de whisky e ao copo da mão do homem. enchia uma dose e virava quase de vez.

E ela não ia solta-lo, Vitto.Não antes que você terminasse. Não antes que pudesse leva-lo para perto da mãe e da irmã, antes de entrarem no carro e finalmente deixarem Don Vicenzo descansar em paz.

E depois que a cerimônia estivesse encaminhada, as cinzas espalhadas conforme o desejo do patriarca e os deveres cumpridos... bom, agora restava cuidar dos que ficavam. Tentar apaziguar a família, fortalece-la. A perda nunca devia ser superada, mas amenizada, com certeza. E Mellanie estava ali para ajuda-lo conseguir fazer isso, Vitto. Mesmo porque, especialmente para você, a morte de seu pai devia significar muito mais coisas.

Não desgrudou de Vitto para nada, então sua sogra teria que desculpa-la pela ausência nos preparativos, por não poder anfitriar ao seu lado. Dona Lara com certeza entendia rapidamente o lado da filha e colocava-se a disposição para o que fosse preciso.

E quando finalmente sentavam no jardim, apenas ela, Vitto e Alli... o supiro que escapava dos lábios, casada. Os dias haviam sido exaustivos, mas aquele em particular... era muita emoção e pesar juntos. E no estado em que estava, aquilo abalava Mellanie além do normal.

Assistiu em silêncio Vitto apanhar o copo e a garrafa, os lábios comprimidos. Queria que Allison ajudasse Vitto naquele momento, mas sua filha não precisava ver o pai naquele estado. Não mais. Estendeu os braços para ela vir para seu próprio colo, antes de sussurrar qualquer coisa e coloca-la no chão, com um beijinho.

- Seja boazinha, vá brincar com seus primos... mamãe já te chama de novo...

E ficava olhando a garotinha se afastar, não sem antes trocarem um olhar, como se estivessem conversando silenciosamente. Ora, a mamãe não tinha pedido para ela cuidar do papai? Mas Allie entendia, do seu jeito, e ia procurar os primos, deixando os pais a sós.

E era só então que Mellanie apoiava a mão sobre a dele, a mesma que ele segurava a garrafa.

- Amor... - Ela começava a falar, mas se detinha, apenas meneando o rosto.

Não queria ter de censura-lo... mas ela tinha sobrevivido aos últimos dias, ao último mês, desde o sumiço dele, de maneira brutalmente sóbria. As responsabilidades de ser mãe começavam muito antes do parto. E acredite, Vitto, ela queria muito ter amenizado todos os sentimentos que experimentou com álcool. Mas não era isso que ia diminuir sua dor.

- ...eu estou aqui com você... aqui pra você... por favor... me deixa te ajudar... - Ela pedia num tom de voz baixo, tentando tirar a garrafa da mão dele da maneira mais sutil.

*Ele acompanhou com os olhos Mell enviar a pequena para longe. Não reclamou. Alias não tinha falado muita coisa desde que chegara. E matava as palavras que poderiam existir nagarganta com a bebida forte que descia rasgando.. os olhso acinzetnados iam a ela quando sentia o toque quente e macio dos dedos de Mell em seupunho. Estreitava os olhos para ela. Ela dizia que queria ajudar.. e Mell como?
Os olhos desciam dela para o copo que ainda estava vazio depos que ele havia matado o primeiro trago e ela ainda o impedia de encher novamente. E então voltavam a ela.
- Como vai me ajudar meu amor? Não há como me ajudar. e nem de longe eu quero você envolvidanesta história mais.. eles mataram meu pai Mellaanie.. poderiam ter atentado contra você, contra Alli.. entende pq eu tive que te tirar de lá?! E se meu pai não fosse tão teimoso.. e se eu não fosse tão fraco> Se eu tivesse insistido mais em mada-lo apra fora tambem.. ele estaria vivo agora..
Claro qeu ele achava que a culpa era dele. Incapacidade de gerenciar seus negocios. Soltou o braço dos dedos que seguravam o punho enão Mell, ele nao ia deixar vc levar a garafa embora. Ele nao tivera tregua desde que voltara do Oriente Medio. Foi torturado, ameaçado, agora despedaçado. Deixa ele beber essa noite. é só irro que ele queria.. ele nao saiu por ai fazendo loucuras. So queria encher a cara e dormircom a cabeça em seu colo.
- Eu sei o que eu vou fazer quando passar o luto de meu pai. Eu vou voltar lá.. e eu memso vou estourar a cabeça daquele maldito russo.. antes disso, eu vou matar todos que ele mais amar diante dos olhos dele.. é isso que eu vou fazer.. se quer me ajudar meu amor. Fique aqui na italia ate que eu mate todos eles.

Talvez ela te entedesse, Vitto. Talvez não. Não tinha perdido ninguém tão próximo ainda, nem de maneira tão trágica. Também não tinha o peso da máfia nos ombros como você... Mas, já tinha passado por um bocado de coisas.

Puxou o ar com força quando via o rumo que a conversa ia tomar. Ou... era mais saudável não considerar aquilo como uma conversa. Vitto estava embriagado, e nem só pelo álcool. Era dor e culpa que o estavam deixando atordoado.

E Mellanie queria ter respostas para sua pergunta, mas nada do que ela lhe dissesse serviria, no momento. Então quando ele resistia com a mão, segurando a garrafa mais forte, ela afrouxava os próprios dedos, deixando-o. A mão escorregando de volta para o colo.

- Você não é fraco... - Continuava naquele tom.

E só de ouvi-lo dizer aquelas coisas, Vitto...! Os bebês se agitavam em sua barriga. Imagina, trancar ela lá na Italia, enquanto ele corrias os riscos sozinho nos EUA. Era capaz das crianças nascerem e ele não estar lá para ver, cego por tudo o que achava que tinha que fazer.

Mas engoliu cada uma das suas opiniões, suas queixas. Aquele realmente não era o dia de colocar as coisas no lugar. Iriai ajuda-lo mais em silêncio. Apenas por hoje.

- Eu não vou mais me separar de você, Delícia... - Ela sussurrava.

Só mais isso. Um recado, um aviso. Interprete como quiser, Vitto. Ela não ia voltar a falar. Ou tirar a garrafa de você. Só se aproximava mais no banco, um braço que passava pelos ombros dele, abraçando-o mais uma vez.